No primeiro ato de campanha em São Paulo no segundo turno, a candidata do PT, Dilma Rousseff, disse que, como presidente, não tratará mulheres que fazem aborto como uma “questão de polícia”, mas como uma “questão de saúde”.
Em discurso a militantes e de movimentos sindicais, Dilma traçou uma diferença entre suas posições pessoal e política sobre o aborto.
– Eu quero dizer para vocês que eu, como pessoa, sou contra o aborto. Agora, eu, como presidente da República, não fecharei os olhos para as mulheres que, em momento de desespero, cometem atos extremos e que, em alguns deles, colocam em risco a própria vida. Como presidente, eu não tratarei essas mulheres como questão de polícia. Eu tratarei como questão de saúde – afirmou.
A petista defendeu a distribuição de renda como instrumento de “resgate das famílias” e pregou “uma campanha que una todas as igrejas e que assegure às mulheres deste país, em qualquer estágio de gravidez, que elas poderão criar seus filhos”.
Antes de Dilma falar, o pastor Marco Feliciano, recém-eleito deputado federal do PSC, defendeu a petista. Faz parte da estratégia da campanha do PT colocar lideranças religiosas para rebater rumores de que Dilma é favorável ao aborto.
– O Brasil é um país cristão e permanecerá um país cristão. Eu peguei nas mãos dela (Dilma) e senti paz – afirmou o pastor.
Dilma se disse vítima de falsidades, calúnia e difamação:
– O projeto que represento é o verdadeiro projeto a favor da vida. Esse projeto colocou na ordem do dia o resgate da família brasileira.
Diário Catarinense
Dutra: PSDB trava uma "disputa medieval" com o PT Posted: 09 Oct 2010 11:23 PM PDT Claudio Leal, Portal Terra“Numa semana de batalhas religiosas e morais sobre o aborto, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, critica os adversários do PSDB por imporem "uma disputa medieval" nas eleições. Segundo o petista, esse confronto nasce de uma "ausência de projetos" na campanha tucana. |
- O Brasil é um país moderno, do século XXI, que está caminhando pra ser uma grande potência, e o PSDB quer reduzir a uma discussão de intolerância, de encontro a toda a tradição brasileira. |
Dutra admite o uso do tema das privatizações no segundo turno, assim como ocorreu na reeleição de Lula, em 2006. Desta vez, o pré-sal deve protagonizar o duelo PT x PSDB. O presidente petista conversou com a reportagem depois de um encontro pluripartidário de Dilma Rousseff em São Paulo, nesta sexta-feira (8), no Palácio do Trabalhador. |
Terra Magazine - O senhor acha que vai perdurar a estratégia do PSDB de debater a religiosidade e o aborto na campanha? |
José Eduardo Dutra - Isso aí é decorrência. Como eles não têm projeto, perderam a disputa de projeto, querem transformar a eleição numa disputa medieval, o que é um absurdo. O Brasil é um país moderno, do século XXI, que está caminhando pra ser uma grande potência, e o PSDB quer reduzir a uma discussão de intolerância, de encontro a toda a tradição brasileira. O Brasil é um país cuja convivência entre as religiões e as raças é admirada no mundo todo. |
Qual debate o senhor esperava? |
A gente esperava um debate de projetos. Quem tem o melhor projeto para melhorar o Brasil e a vida dos brasileiros. |
A questão das privatizações entrará nessa fase da campanha? |
Eles colocaram agora. E não estamos falando de questões do passado. David Zilberstein, que é ex-genro do Fernando Henrique Cardoso, que foi presidente da Agência Nacional de Petróleo anterior, está propondo que volte o modelo de concessões para a exploração do pré-sal. Na prática, é você vender um bilhete premiado. Quando você fala em privatizações, não é só do passado, é do futuro também. |
E a central antiboatos, como está funcionando no PT? |
Estamos montando, porque a criatividade dos boatos é imensa. Estão inventado coisas do arco da velha. Estamos convocando toda a militância para responder a isso na internet, nos debates, nas ruas, nas casas, nas escolas. Essa é a tarefa.”
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Agencia Brasil |
Dilma Roussef é a favor do aborto e quer implantar uma cultura de morte no Brasil.
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