"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

sábado, 8 de janeiro de 2011

GARGALOS ESTRUTURAIS DO BRASIL


Aeroportos terão R$ 2,7 bilhões para investimentos em 2011

Posted: 06 Jan 2011 08:56 PM PST

Milton Júnior, Contas Abertas

“Os frequentes atrasos nos voos domésticos e internacionais parecem refletir o desempenho dos investimentos no setor, apontado como um dos principais gargalos estruturais do país. Mas enquanto passageiros e companhias seguem em busca de soluções para o problema, o governo promete investir R$ 2,7 bilhões nos aeroportos em ao longo deste ano. Parte do compromisso, cerca de R$ 479,5 milhões, sairá do Orçamento Geral da União (OGU) direta e exclusivamente para construções, reformas e ampliações aeroportuárias. Outros R$ 2,2 bilhões podem ser investidos pela estatal Infraero em obras e serviços de engenharia e na aquisição de equipamentos e mobiliários para os terminais.

O primeiro valor integra a peça orçamentária de 2011, que ainda aguarda a sanção presidencial, e curiosamente representa uma redução de 9% em relação aos R$ 525,4 milhões previstos no orçamento de 2010. Da quantia global computada no OGU deste ano, 62% (R$ 299,2 milhões) referem-se a reformas e ampliações de aeroportos e aeródromos de interesse nacional e estadual. Os demais recursos são distribuídos entre as cinco regiões do país e alguns aeroportos específicos (veja a tabela).
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Mesmo sem greve, atrasos em voos cresceram 33,6% no Natal e réveillon

Entre 18 de dezembro e 3 de janeiro, 1 de cada 4 voos no País saiu mais de 30 minutos depois do previsto; Cumbica teve pior desempenho

07 de janeiro de 2011 | 0h 00
Bruno Tavares e Rodrigo Brancatelli - O Estado de S.Paulo

O balanço do movimento nos aeroportos do País durante as festas de fim de ano confirma aquilo que os passageiros sentiram na pele, mesmo sem a greve dos aeronautas e aeroviários: a situação piorou. Números oficiais obtidos pelo Estado apontam aumento de 33,6% dos atrasos acima de 30 minutos entre os dias 18 de dezembro e 3 de janeiro, na comparação com o ano anterior.

O índice, que em 2009 foi de 19,8%, saltou para 26,4% em 2010. Em entrevista às vésperas do Natal, a presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, disse que tinha uma meta "ambiciosa": encerrar dezembro com porcentual de atrasos em torno de 20%, o que não ocorreu.

Outra má notícia para os passageiros brasileiros é que, no curto prazo, esse cenário tende a continuar. Isso se deve aos gargalos da infraestrutura dos aeroportos, que sofrem com deficiências em pistas, falta de vagas em pátios e terminais de embarque e desembarque acanhados demais para atender à demanda. Algumas obras de melhoria e de expansão estão prometidas para o segundo semestre deste ano, mas as mais significativas devem ficar prontas apenas próximo da Copa de 2014.

Na avaliação de autoridades do setor aéreo ouvidas pelo Estado, os principais terminais brasileiros atingiram o limite da capacidade em 2009 e, depois disso, já recebem mais voos e passageiros do que teriam condições físicas de absorver.

O Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, é o melhor exemplo disso. Assim como em anos anteriores, o terminal liderou o ranking de atrasos no País durante o período das festas de fim de ano, com média de 31%, ante os 28,9% de 2009 e 23% em 2008. Juntos, seus dois terminais têm capacidade para absorver até 21 milhões de passageiros por ano, mas o limite está sendo ultrapassado em pelo menos 800 mil pessoas. É como se eles tivessem de suprir, além da própria demanda, todo o movimento do Aeroporto de Aracaju.

Para piorar, a partir de março o número de pousos e decolagens em Cumbica terá de ser reduzido para a realização de obras no sistema de pistas. Até agora, porém, não se definiu qual será o tamanho desse corte nem para quais terminais os voos serão remanejados. O Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital, não só está impedido de receber mais voos como pode sofrer redução em seu horário de funcionamento, dependendo do resultado de um acordo judicial que está em curso.

Mercado em alta. Embora sejam preponderantes para se entender o aumento dos atrasos neste ano, os problemas nos aeroportos se somam a outros. Na alta temporada deste ano, por exemplo, as companhias realizaram 18,5% mais voos - foram 87 mil pousos e decolagens, ante 73 mil em 2009. A ascensão da classe C e a economia aquecida fizeram a taxa de ocupação dos aviões disparar - os números não estão consolidados, mas estima-se que ela chegará a 90% em algumas rotas. Em meio a tudo isso, empresas e trabalhadores ainda travam uma batalha pelo índice de reajuste salarial.

Fonte O Estado de São Paulo


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