"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

sábado, 14 de novembro de 2009

PÉ DIABÉTICO I

Definição
Diabetes mellitus não tem cura....ainda. A humanidade que caminha entre guerras, violência e fome, também ,de forma descontínua, constrói no silêncio dos laboratórios, nas instituições científicas e pela aplicação de somas vultosas e a dedicação e o talento de milhares de cientistas, um presente e um amanhã melhor para todos nós. Já foi bem mais difícil. Hoje, graças à pesquisa médica,avançamos bastante. É possível que, com a engenharia genética, venha a cura. Enquanto ela não chega que se faça o controle mais eficiente e eficaz possíveis, para que evitemos desastres como as infecções de extremidades, associadas à necrose e amputações.
O pior dos sintomas é a desinformação. Conhecendo-se a doença é possível manter um controle adequado e compatível com vida de qualidade. Conhecendo-se as complicações, com uma boa dose de disciplina e orientação multiprofissional, tem-se vida de qualidade.O que é pé diabético? Estima-se que em 2025 teremos 250 milhões de diabéticos em todo o munTamanho da fontedo.Muitos com pés ulcerados, com grande risco de amputação. Em todos os países as causas são semelhantes. Entretanto, de acôrdo com o padrão sócio-econômico e acesso à informação, a prevalência para as úlceras e amputações varia de forma dramática. Segundo a Organização Mundial de Saúde define-se como pé diabético "ao pé de indivíduo diabético que apresenta infecção e/ou destruição em tecidos profundos associados com anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica no membro inferior". Condição sócio-econômica inferior, dificuldades de acesso aos serviços de saúde, pouca percepção dos riscos, negligência,pouca educação, vida solitária,são fatores que aumentam expressivamente a incidência de amputações em membros inferiores.
Epidemiologia

A. A neuropatia é o fator de risco mais importante e prevalente na formação de úlceras .

1. Está presente em 80% dos pacientes diabéticos que apresentam ulceração nos pés.

2. As neuropatias parecem estar relacionadas à duração do diabetes e ao nível de controle glicêmico.

B. O risco de ulceração ou amputação aumenta em pessoas do sexo masculino que tenham tido diabetes por dez anos ou mais, cujos níveis de glicose não sejam controlados e que apresentem complicações cardiovasculares,nefropatia e retinopatia .

C. No Brasil, a taxa de incidência de amputações de membros inferiores relacionada ao diabetes, em estudo realizado no estado do Rio de Janeiro, foi de 180/100.000 pacientes,representando um risco de ocorrência 100 vezes maior entre os diabéticos (1).

D. As condições de risco relacionadas aos pés que estão associadas a maior probabilidade de amputação são: neuropatia periférica com a perda da sensibilidade protetora, biomecânica alterada, hemorragia sob calos ou deformidades ósseas, doença vascular periférica, histórico de úlcera ou amputação e patologia grave envolvendo as unhas.

E. Aproximadamente 15% das pessoas com diabetes desenvolverão úlcera nos pés.

F. Diabéticos têm 15 vezes mais chances de desenvolver úlceras nos pés que conduzem à amputação do que os não diabéticos.

G. Dos pacientes diabéticos que sofreram amputação, de 50% a 60% terão a amputação do membro contralateral no período de 3 a 5 anos.

Isso implica em altos custos de hospitalização, assim como em termos de afastamento do trabalho, curativos, efeitos sociais e emocionais e reabilitação.

Devido à importância do tema voltaremos a abordá-lo analisando Neuropatia periférica,Infecção e Tratamento.

Oldecir Marques

Jorge Ricardo de Souza Lira-Universidade Federal de S.Paulo

Estudantes de Medicina da UEFS.


EDUCAR E PREVENIR

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O dia 14 de novembro foi escolhido para ser o Dia Mundial do Diabetes por ser o dia de nascimento do cientista canadense Frederick Benting. Ele e Charles Best projetarama idéia que levou à descoberta da INSULINA.





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