Aproximam-se do estacionamento do Boulevard, apenas raia a madrugada. Com os primeiros raios da manhã lá estão os lutadores -dançarinos. Praticam e exercitam-se na cultura dos seus avós e dos seus ancestrais. Não têm grande apoio material. Estão esquecidos pelas autoridades de Cultura e Esportes desta grande nação feirense, surgida" noSéc.XVIII em uma rota de boiadeiros" e que conta, hoje,com 44 bairros e 62 sub-bairros, além de oito distritos, de acôrdo com a Lei Complementar 018, de 18 de Julho de 2004.Distribuida por estes bairros, encontra-se uma população urbana correspondente a 84,70% enquanto a zona rural detém 15,30% dos feirenses.Rica em nascentes de água doce, "formosa e bendita", tem a mais importante micareta do Brasil, além de tantas outras manifestações de natureza cultural espalhadas por sua vasta periferia. Durante a campanha para a Prefeitura de Feira 2008, o PSDB gestou a idéia de concentrar em um amplo edifício público , as manifestações artísticas e culturais que ocorrem no nosso âmbito municipal, obedecendo , naturalmente, as agendas destes eventos. Algo semelhante a um sambódromo, que funcionaria como escola pública e oficina cultural. Não faltam verbas, considerando que o atual Gestor já autorizou gastos que se aproximam dos R$ 2 milhões com festas populares. Acho que é chegado o momento de mobilizar a Feira de Santana, maior que a Faixa de Gaza, pátria de Maria Quitéria e de Chico Pinto,que está carente e suplicando apoio do Poder Público. As Vozes D'África que rodopiam como maravilhosos malabaristas nas solitárias madrugadas de um estacionamento privado, estão aguardando. Não os façam esperar!
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