DECLARAÇÃO UNIVERSAL
DOS DIREITOS DA ÁGUA
1. A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
2. A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida e de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceder como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado no Art. 3º de Declaração Universal dos Direitos Humanos.
3. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo a água deve ser manipulada com racionalidade, preocupação e parcimônia.
4. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e dos seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente, para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos por onde os ciclos começam.
5. A água não é somente uma herança dos nossos predecessores, ela é sobretudo um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do Homem para as gerações presentes e futuras.
6. A água não é uma doação gratuita da natureza, ela tem um valor econômico: é preciso saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
7. A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e diascernimento, para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração de qualidade das reservas atualmente disponíveis.
8. A utilização da água implica o respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo o homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo Homem nem pelo Estado.
9. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
ÁGUA, GOTA DIVINA
J. P. Chacon
Sorocaba - SP
ÁGUA É GOTA BENZIDA, É GOTA SAÍDA
DO SEIO DA TERRA, NO MEIO DA SERRA,
P’RA VIDA TRAZER.
ÁGUA, QU'É GOTA DIVINA, QUE REGA A CAMPINA,
QUE MOLHA A SERRA, FECUNDA A TERRA,
P’RA VIDA VIVER.
É GOTA TÃO PURA, QUE FAZ A FARTURA
NAS PLANTAS, NO CHÃO.
É GOTA, É VIGOR, QUE ABRANDA O CALOR
DO SOL DE VERÃO.
É ÁGUA DO CÉU, DA NÚVEM EM VÉU,
QUE VEM P’RA FORMAR
OS RIOS E VAZANTES, OS LAGOS BRILHANTES,
AS ONDAS DO MAR.
OH ÁGUA, SE ÉS GOTA DIVINA,
QUE A TODOS FASCINA,
SE ÉS VIDA DO SER.
POR QUE? O HOMEM MALDOSO,
VORAZ, AMBICIOSO,
NÃO PÁRA P’RA VER,
QUE UM DIA, QUE LOGO VIRÁ
E TU PARTIRÁS
SEM NADA DIZER.
E O HOMEM, VORAZ, SEM CLEMÊNCIA
NA PRÓPRIA INDOLÊNCIA
IRÁ PERECER.
OH ÁGUA, QUE ÉS GOTA DIVINA,
ACORDA, ILUMINA,
OS HOMENS DE BEM!
LHES REGA O CHÃO DA CONSCIÊNCIA,
DESFAZ A INDOLÊNCIA,
A INCÚRIA, O DESDÉM!
LHES ABRA, OH GOTA BENZIDA,
OS OLHOS P’RA VIDA,
QUE VAI MUITO ALÉM!
FAZ QU’ELES, QUAL GUARDAS DA VINHA,
TE SALVEM, GOTINHA;
SE SALVEM, TAMBÉM!!!
Foto: nascente do rio São Francisco.
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