A igreja e a direita espanholas mobilizam-se contra o aborto
Os católicos espanhóis, apoiados pela direita e pela Igreja, foram mobilizados para uma grande manifestação, sábado à tarde em Madrid, contra a liberalização do aborto proposta pelo Governo Socialista. Segundo os organizadores, mais de um milhão de manifestantes participaram ou desfilaram. As autoridades não divulgaram cifras precisas.
A manifestação foi convocada pelo Fórum da Família, organização conservadora católica que levou milhares de manifestantes às ruas em 2005, para protestar contra a autorização do casamento gay. "Não se exige apenas a retirada da nova lei. A mensagem básica é que o debate não vai terminar enquanto houver um só aborto na Espanha" advertiu Benigno Blanco, em entrevista ao diário conservador ABC.
O projeto socialista prevê a liberação total do aborto
Mais de 600 ônibus e vários aviões foram fretados para transportar de toda a Espanha os militantes anti-aborto, que desfilaram proclamando "Toda vida conta". O PP de José Maria Aznar(1966-2004) afirmou que vai usar todos os meios jurídicos e constitucionais para impedir esta nova lei sôbre o aborto. A Conferência Episcopal apoia o evento de forma muito discreta. O ativismo dos conservadores parece dar frutos: segundo uma sondagem publicada em 5 de outubro pelo La Vanguardia, 46% dos espanhóis desaprovam a nova legislação, contra 44% que a aprovam. Um ano antes era de 60% os que a apoiavam.
Atualmente, o aborto só é permitido em casos de estupro(até 12 semanas de gestação), malformações fetais(22 semanas) ou "risco físico ou psíquico para a saúde da mãe". Na prática,o risco para a saúde psico-física da mãe é o motivo invocado por 90% das mulheres, o que dá lugar a abortamentos tardios questionáveis.
O projeto de lei está longe de ser unânime, inclusive no eleitorado de esquerda, por admitir que meninas de 16 e17 anos abortem sem o expresso consentimento dos seus pais.
Fonte: Le monde Dyplomatique FR- 17/10/2009.
o que significa um feto anencefálico? o leigo precisa de maiores esclarecimentos.
ResponderExcluirE a questão das lais cármicas e reencarnatórias, não entra em questão?
Há condições de vida ativa, neste caso?
Qual deveria ser os procedimentos cientificos e familiares?
Onde fica a bioética frente ao inusitado?