"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

HOSPITAL ESTADUAL DA CRIANÇA III


Êste esqueleto de concreto e aço pode bem simbolizar os sonhos de uma geração. Fomos contemporâneos de luta estudantil. Nunca, entretanto, estivemos juntos no plano político-partidário ou sequer compartilhamos projetos eleitorais. O que nos une, contudo, é o sonho de uma saúde coletiva de qualidade e o resgate do papel do estado na promoção eficaz e eficiente de serviços de saúde. Um dos mitos mais propalados por elites dominantes foi o da incompetência do Estado como gestor. A base do solapamento do Estado era o domínio cruel e descopromissado das elites econômicas que usava o público para enriquecer o privado. Assim, formou-se no Brasil, uma vasta rede privada de assistência com vários exemplos de excelência e quanto à rede pública, não raras vezes, acumulavam-se os problemas , agravavam-se as queixas. Com dotação que ultrapassa $40 bilhões de reais o SUS, hoje, é uma realidade irreversível e o grande responsável pelo grande número de transplantes que se realizam no País.Existem problemas e não deixarão de existir a curto prazo, mas surgem esperanças de reparos e melhoras. Assim, constroe-se em Feira de Santana o Hospital Estadual da Criança que promete ser a redenção da assistência Pediátrica regional. As obras evoluem com rapidez. O cronograma de obras parece que será cumprido. O mito da desnecessidade do Estado está solapado pelos empréstimos vultosos feitos, via Estado, pelo contribuinte americano às suas empresas capitalistas puras, falidas. Só o socorro do público permitiu salvar o privado. O Hospital Estadual da Criança, meu caro Solla, será um oásis de Alta Complexidade e ,sem dúvida, se autofinanciará. Não se pode cometer, entretanto, o erro do gigantismo. Cada grande especialidade encarnará um Hospital. As Parcerias Público -Privadas devem ser estimuladas. Os políticos de vôo cego e oportunista devem ser afastados. A doutrina Deng Xiao Ping, que permitiu a inclusão de 400 milhões de chineses,com estado forte e economia aberta, pode ter seus desdobramentos aplicados `a nova relação público/privado, o que permitirá gestão objetiva e cumprimento de metas.É preciso estar atento e forte. O sonho não acabou! Só não devemos repetir o erro da reforma do HGCA: 10 maravilhosas salas de cirurgia, um SRPA de primeiro mundo e, apenas hum anestesista para assistência a tudo e todos. Que vivam os anestesistas , os pediatras e os neonatologistas!Que se criem novas residências médicas.oldecir .marques

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