A presidente eleita Dilma Rousseff fechou ontem sua escolha para o comando da diplomacia brasileira em seu governo. O novo ministro das Relações Exteriores deverá ser o atual secretário-geral da pasta, Antonio Patriota.
Ex-embaixador nos Estados Unidos, Patriota assumiu no ano passado o segundo posto na hierarquia do ministério, logo abaixo do atual chanceler, Celso Amorim, após uma dança das cadeiras no governo. O então secretário-geral, Samuel Pinheiro Guimarães, saiu por atingir a idade limite para a diplomacia e foi deslocado para o Ministério de Assuntos Estratégicos.
Dentro do Itamaraty, Patriota é bastante ligado a Amorim na postura do país frente aos assuntos internacionais. A escolha de Dilma pode ser interpretada como mais um sinal de continuidade.
Na política externa, indica disposição para fortalecer o papel de liderança do Brasil na América do Sul, crescente influência econômica e ajuda sobre o continente africano e ainda lugar de destaque nos fóruns internacionais como representante de países emerges
Outro aspecto que pode ter pesado é o fato de Patriota ter ocupado a embaixada brasileira em Washington, passando pela transição entre o governo de George W. Bush (2000-2008) e de Barack Obama (2009-). Nos últimos anos, os EUA têm colecionado uma série de atritos com o Brasil, principalmente por causa das relações com o Irã.
Segundo um interlocutor próximo, a escolha foi comunicada ontem por Dilma à equipe de transição. O anúncio ainda será feito oficialmente até a próxima semana.
Nos bastidores, Dilma procurava uma mulher para assumir o ministério. Mas com poucos nomes à disposição no Itamaraty, optou pelo caminho mais seguro. Antes, foram cogitados os nomes da embaixadora do Brasil na ONU Regina Maria Cordeiro Dunlop, da subsecretária-geral de Política, Vera Lúcia Machado e da subsecretária Maria Edileuza Reis, entre outras.
FONTE:R7
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