SÃO PAULO - Um dos pontos mais altos do desfile da Unidos da Tijuca, a comissão de frente, que arrancou gritos e aplausos do público, foi a única a ganhar nota máxima dos cinco jurados entre todas as escolas. A performance da comissão, formada por três grupos de seis bailarinos que, com o toque de seis mágicos, trocavam de figurino aos olhos do público, nasceu de uma ideia de Paulo Barros.
"Sempre gostei de ilusionismo. Tenho orgulho de dizer que participei, não gosto de ter alguém ditando ordens na comissão. Recebi vários projetos, mas eu queria que todo o sambódromo pudesse ver a mágica, não apenas uma parte da arquibancada", contou Barros, durante a apuração de ontem, na qual a escola sagrou-se campeã do carnaval carioca.
A comissão ensaiou durante meses para que o truque fosse executado com perfeição. A preparação contou com professores de teatro e de balé. As bailarinas apareceram com seis figurinos de cores, estampas e comprimentos diferentes. Atrás delas, um camarim com pesadas cortinas pretas servia de apoio à mágica, feita ora com a passagem de um enorme pano por cima dos integrantes, ora com uma espécie de tubo de tecido, e ainda com um uma chuva de papel picado.
O segredo da comissão foi tão bem guardado que nem na concentração da escola, a poucos minutos do desfile, era possível saber o que ela traria. Os coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri, casados e solistas do Teatro Municipal do Rio, mantinham-se calados, à espera do grande momento. Priscila atribui as notas máximas a três fatores herdados do balé: "Disciplina, determinação e busca pela perfeição". "A gente achou que ia ser impossível, mas chegou a um protótipo e começou a ensaiar. Foi a perseverança.
Fonte Estadão.
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