"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Dilma pressiona o PMDB a ser governo

Posted: 06 Dec 2010 08:24 PM PST

Luciano Suassuna, iG

“Na transição entre o governo Lula e o governo Dilma, o PMDB está finalmente pagando o preço de ser governo. Ao contrário de sua antítese, o PFL, que na mudança do regime militar para a democracia virou oposição sem nunca ter deixado de ser governo, o PMDB passou os 25 anos seguintes no governo sem nunca ter deixado de ser oposição.

Nos anos José Sarney, tinha o PMDB dos quatro anos e o PMDB que defendia cinco anos de mandato para o presidente. Em 1989, tinha candidato próprio, Ulysses Guimarães, mas logo se dividiu entre o PMDB de Collor e o PMDB de Lula. Na eleição seguinte, cristianizou Orestes Quércia para aderir a Fernando Henrique Cardoso. Em 2002, conseguiu a proeza de ter vários ministros no governo FHC e apoiar Luiz Inácio Lula da Silva. Na mudança de tucanos para petistas, o PMDB manteve praticamente o mesmo número de ministros e segurou quase todos os diretores de estatais.

Há quase três décadas é assim que o PMDB faz política: primeiro, se divide para apostar em cara e coroa, depois a face perdedora se cola à vitoriosa, mas sempre de forma fragmentada. Com isso, os presidentes da República tiveram de conviver com vários PMDBs, mesmo quando o partido estava oficialmente no governo, como nos segundos mandatos de FHC e de Lula. Havia o PMDB do Senado e o da Câmara, o de Jáder Barbalho e o de Pedro Simon, o de Minas e o do Paraná, o dos governadores do Nordeste e o dos governadores em geral, cada qual pedindo sua fatia de cargos e verbas em troca de apoios muitas vezes esporádicos nas votações do Congresso.

Na eleição desse ano, no entanto, duas coisas mudaram. Primeiro, o PMDB se coligou formalmente com o PT. Depois, o eleitor derrotou ícones do oposicionismo peemedebista, como Jarbas Vasconcelos, em Pernambuco. Perdeu também quem pensou com a cabeça de antigamente, como Geddel Vieira Lima, governista em Brasília e oposicionista na Bahia.”
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