"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

segunda-feira, 11 de outubro de 2010


Tempo de comparações

Posted: 10 Oct 2010 10:28 PM PDT

Mário Augusto Jakobskind, Direto da Redação

“E agora as expectativas se voltam para o segundo turno no último domingo de outubro (31). Uma onda conservadora, da pior espécie, fez com que a eleição presidencial fosse para o segundo turno. Mas isso já é história, o que importa agora é a discussão de dois projetos em jogo: o de Dilma Rousseff e José Serra, embora alguns jornais tenham colocado a questão do aborto como tema principal da campanha e os próprios candidatos acabaram entrando no jogo..

O candidato da aliança PSDB-DEM-PPS, segundo seus correligionários e O Globo (o que nesta altura é redundância), vai assumir o que foi feito no governo Fernando Henrique Cardoso, o que tentou de todas as formas esconder na fase anterior da campanha.

Dilma Rousseff continuará mostrando as conquistas nestes quase oito anos da gestão Luis Inácio Lula da Silva, que a oposição de direita procurou de todas as formas impedir. Estarão em confronto os governos FHC e Lula.

O povo brasileiro terá maiores informações, por exemplo, sobre as tentativas de Cardoso em privatizar a Petrobras e a abertura do capital da empresa para investidores estrangeiros, sobretudo estadunidenses. E agora Serra diz hipocritamente que defenderá a Petrobras, o que já fez em outras ocasiões. FHC também já disse o mesmo por ter participado da campanha do Petróleo é Nosso e ao chegar ao governo fez o fez com a estatal petrolífera.
Serra é cínico e esqueceu o que disse para a revista Veja em 3 de maio de l995: “estamos fazendo todo o possível para privatizar em alta velocidade”.

Como se tudo isso não bastasse, quem tem como assessor na área energética o ex-genro de FHC, David Zylberstejn, não precisa de mais nada. Quadro do PSDB, ao se reunir com representantes dos gigantes petrolíferos deu o seguinte recado, referindo-se ao petróleo brasileiro: “o petróleo é vosso”. Isso foi manchete do jornal Tribuna da Imprensa. E o que fez Serra? Quem cala consente. E agora cinicamente diz que vai defender a Petrobras. Não vai, quem tem Zylberstajn como conselheiro vai querer entregar tudo. É do DNA desta gente.

Ficará mais claro ainda o fato de no governo em que Serra ocupou os Ministérios do Planejamento e Saúde a indústria naval ter ido por água abaixo porque as encomendas para o setor eram feitas no exterior. E aí, o que dirão os serristas e cardosistas ou serrocardosistas?”
Artigo Completo, ::Aqui::

O verdadeiro direito à vida

Posted: 11 Oct 2010 12:12 AM PDT

Rodolpho Motta Lima, Direto da Redação

“E eis que voltamos à discussão do aborto como elemento pretensamente definidor de um processo eleitoral. E aqui me lembro de que, poucos dias antes das eleições do primeiro turno, um conhecido comentarista político de um jornal aqui do Rio dizia, em tom de lamento, que a oposição ao Governo Lula não tinha conseguido “produzir novos fatos” capazes de alterar o quadro sucessório.

Penso que o tema “aborto” se enquadra aí. Trata-se de um assunto requentado, artificialmente requentado, para fazer crer a alguns incautos que é isso que está em jogo nessas eleições. Típica inserção promovida pelo que aqui na internet se convencionou chamar de PIG (Partido da Imprensa Golpista).

Mas é claro que o foco dessa eleição, nem de leve, deve passar por aí. O que se decide no dia 31 é se se quer ou não eleger um projeto político que se fundamenta na continuidade e no aprofundamento das mudanças sociais promovidas pelo atual Governo e que estão trazendo a dignidade que faltava aos lares de milhões de brasileiros.

Em um processo assim, não deve haver lugar para derivações desse gênero: o aborto e sua legalização é para ser discutido e equacionado em outra esfera, que não a da política. Não pode ser elencado como razão de voto. O Estado é laico e deve continuar assim. Não tem nem deve ter “predileções” religiosas. Não segue nem deve seguir ritos e mitos de qualquer igreja.

Recordo-me que, há muitos anos (e, claro, guardadas as proporções), um outro tema, caro à igreja católica, motivava debates acalorados. Era o divórcio que, combatido pelo Vaticano, andou elegendo aqui, na época, muita gente a favor e muita gente contra. Afinal, dizia-se naquele momento, “o que Deus uniu só Deus pode desunir”. Era uma posição retrógrada, como outras tantas da Igreja, e não resistiu. O divórcio, hoje, é instituição que rivaliza com o casamento. E não se veem mais – seria até ridículo – autoridades religiosas, maiores ou menores, fazendo campanha contra o candidato X ou Y por ser divorciado ou defender o divórcio. Deixou de ser um dividendo político, porque a vontade popular se impôs e a realidade consagrou a prática, que deu status de direito a milhares (milhões?) de situações de fato.”
Artigo Completo, ::Aqui::

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