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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

De Gaulle e a honra da França

Posted: 10 Nov 2010 02:55 PM PST

Mauro Santayana, Jornal do Brasil

“Ontem, há quarenta anos, o general Charles de Gaulle morria, em Colombey-les-Deux-Églises. Ele foi um dos gigantes do século 20, quando ainda havia estadistas no mundo. Há setenta anos, em 18 de junho de 1940, com seu apelo ao povo, para que lutasse contra o invasor alemão, De Gaulle salvou a honra da França, antes que ela se perdesse de todo, diante da vergonhosa capitulação de Laval e Pétain, do colaboracionismo ativo de Vichy. Com seu chamado, organizou-se a Resistência.

De Gaulle foi um grande estrategista e havia aconselhado seu país, nos anos 30, a adotar medidas militares que os alemães depois empregariam. Ele duvidava, e com boas razões, da eficiência da Linha Maginot, e queria criar forças blindadas bem estruturadas, apoiadas pela aviação, a fim de romper a frente inimiga, quando a guerra viesse. Sabia que ela se tornaria inevitável, diante da poderosa máquina militar alemã, coesa em sua obediência a Hitler. Mas todas essas qualidades militares foram menores do que a sua consciência de Estado e de nação. Na história de seu país, um só homem fora capaz de se devotar ao Estado com tamanha dedicação – o cardeal de Richelieu.

Em junho de 1940 as elites francesas pareciam ter abdicado da pátria, salvo alguns de seus filhos que, ao lado dos trabalhadores e intelectuais, lutaram, foram torturados, assassinados ou deportados para os campos de concentração, de onde poucos retornariam. Naqueles quatro anos, em que durou a presença alemã, só na Resistência houve o compromisso cotidiano de solidariedade que faz as nações, conforme a definição de outro francês, Renan.”
Artigo Completo, ::Aqui::

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