A Câmara Municipal realizou nesta quinta-feira (11), por iniciativa da Comissão de Defesa do Consumidor, uma audiência pública para debater sobre o Centro de Abastecimento de Feira de Santana. A geógrafa e pesquisadora da Uefs, Alessandra Oliveira Araújo, e o secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Magno Felzemburg, foram os palestrantes convidados. O vereador Marialvo Barreto (PT), presidente da comissão e autor do requerimento propondo o encontro, presidiu os trabalhos.
“É preciso pensar o Centro de Abastecimento para os próximos 10 anos”, disse a professora, defendendo um planejamento de gestão para o entreposto. Segundo ela, a Parceria Público-Privada é uma das melhores opções para o cenário atual no Centro de Abastecimento. Pediu prudência do Governo, na redefinição do valor das taxas cobradas aos comerciantes. “É importante não penalizá-los, pois eles representam a vida daquele local”, afirmou ela. A geógrafa defende que a universidade “pode e deve participar dessa discussão”.
O secretário Magno Felzemburg reconhece as deficiências estruturais do Centro de Abastecimento e disse que é necessário efetuar uma série de investimentos e mudanças de gestão, para que o entreposto possa ser revitalizado. Uma das medidas é a individualização da energia elétrica e da água de todos os boxes e lojas do local. A Prefeitura paga R$ 100 mil pelo abastecimento de água e R$ 80 mil da conta de energia elétrica de todos os comerciantes, mensalmente.
A segurança necessita de mais efetivo da Guarda Municipal e da Polícia Militar, informou Felzemburg. As taxas cobradas pelo Município pelo uso do espaço no Centro de Abastecimento precisam ser reajustas, segundo o secretário. Atualmente, os comerciantes pagam entre R$ 30 e R$ 70 por mês – alguns ocupam áreas de médio e grande porte.
O atacado, observa, precisa de um local adequado. “Pode avançar muito mais se tiver um espaço apropriado, em uma área na BR 324, por exemplo. A logística seria bem melhor”. Por conta disso, caminhões entram no centro da cidade, prejudicando o trânsito. “Alguns vendem produtos nos próprios caminhões que vêm de várias cidades e concorrem de forma desleal com comerciantes estabelecidos ali”.
A administração do Centro de Abastecimento é outro ponto a ser atacado. Felzemburg diz que não defende a privatização, mas uma “gestão de modelo privado”. Salientou que os vereadores da base aliada do governador Jaques Wagner devem atuar para “abrir portas” nos órgãos estaduais em defesa do Centro. E afirmou que vai propor ao prefeito Tarcízio Pimenta uma “força-tarefa” para solução dos problemas mais cruciais do entreposto.
ASCOM/SAÚDE E CIDADANIA
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