MARCADORES SANGUÍNEOS E URINÁRIOS PERMITEM PREDIZER A AGRESSIVIDADE DE UM TUMOR. DESTE MODO, TORNA-SE POSSÍVEL ADAPTAR OS TRATAMENTOS.
Como distinguir os cânceres agressivos da próstata(lescancers agressifs de la prostate), que ameaçam a vida de um paciente, daqueles de evolução lenta, que podem ser monitorados e acompanhados sem a utilização de procedimentos invasivos?Envolvidos há alguns anos com este quebra-cabeças, os pesquisadores começam a montar algumas peças mestras.Várias equipes de cientistas já identificaram marcadores sanguíneos e urinários que permitem predizer a agressividade de um tumor prostático.
Os resultados destas pesquisas são cruciais para os doentes e para a Saúde Pública. Com o aumento exponencial do rastreamento pelo PSA(antígeno prostático),êstes cânceres são revelados cada vez mais em estágio precoce -na França, aproximadamente, 70.000 foram rastreados no último ano, cinco vezes mais que em 1990. ADAPTAR A "AGRESSIVIDADE" DO TUMOR ÀQUELA DO TRATAMENTO É PORTANTO UMA PRIORIDADE.
Médicos americanos do Centro de Pesquisas Fred Hutchinson(Seattle) mostraram, recentemente, que um painel de cinco variantes de marcadores estava associado a um risco maior de evolução fatal.Trabalhos realizados envolvendo mais de 4.000 pacientes, foram publicados na revista especializada Cancer Epidemiology,Biomarkers &Prevention. Janet Stanford e colaboradores, estudaram mais de 900 variantes genéticas, também chamadas polimorfismos ou SNPs.Destacaram-se cinco mais relevantes.Nos indivíduos portadores de 4 ou 5 destas variantes de nomes impronunciáveis(genes para receptores de leptina e interleucina-4), a taxa de mortalidade é 50% mais elevada que naqueles indivíduos com duas ou menos variantes.
BIOMARCADORES SENDO AVALIADOS
Scott Tomlins, da Universidade de Michigan, e seus colegas obtiveram resultados bastante interessantes com dois marcadores urinários(Science Translational Medicine de 03 de agosto). Um deles chamado PCA3, já está sendo comercializado.Êle permite melhor avaliar os riscos de câncer da próstata em certos indivíduos e portanto melhor avaliar as indicações de biópsia da glândula. O outro marcador chamado gene de fusão, é uma particularidade encontrada em 50% dos tumores prostáticos.Combinando as duas dosagens, a equipe americana melhorou estatísticamente a detecção dos cânceres e a estimativa do seu grau de agressividade. "Êstes trabalhos são importantes em três níveis, explica o Prof.Pascal Rischman(Urologista em Toulon).Na fase de diagnóstico, o objetivo é melhor selecionar pacientes aos quais se deve propor biópsia. Estratificar grupos de pacientes em função do risco evolutivo de sua doença e, enfim,buscar terapias específicas que atuem sôbre as vias moleculares implicadas nestes cânceres. («Tous ces travaux sont importants à trois niveaux , explique le Pr Pascal Rischmann (urologue, CHU de Toulouse). En amont du diagnostic, le but est de mieux sélectionner les hommes à qui l'on doit proposer des biopsies. Il s'agit aussi de stratifier les groupes de patients en fonction du risque évolutif de leur maladie. Enfin, l'objectif est d'aller vers des traitements ciblés, agissant sur les voies moléculaires impliquées dans ces cancers.»)
Na França, os biomarcadores também estão sendo avaliados em serviços especializados, possivelmente em conjunto com outras técnicas,como ressonância magnética , para ver melhor os tumores de próstata minúsculos.Mas há muito ainda a ser feito."Ainda estamos longe de ter identificado a faixa ideal, disse o. professor Abdel-Rahman Azzouzi(CHU Angers).Para o Prof. Olivier Cussenot uma duzia de marcadores biológicos são candidatos sérios para prever a escalabilidade destes cânceres."E não esqueça das coisas simples, diz ele. "Atualmente,história familiar de câncer precoce é um fator mais poderoso dos que os marcadores genéticos de sangue para avaliar riscos"
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