"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

sábado, 22 de agosto de 2009

CANCER COLO RETAL X ASPIRINA


A aspirina( ácido acetil salicílico) é mais velha que Hipócrates, o pai da medicina: extratos de salgueiro, contendo seu princípio ativo, foram utilizados desde o neolítico, por suas propriedades analgésicas, antiinflamatórias e antitérmicas. Desde 1899, a lista de seus benefícios alonga-se constantemente. Já está sedimentada e reconhecida clinicamente a sua ação como antiagregante plaquetário, o que protege o coração de isquemias e o cérebro dos temíveis acidentes vasculares cerebrais(AVC). Admite-se, doravante, para a aspirina um papel "adjuvante" contra o câncer.
Uma equipe da Harvard Medical School, dirigida por Andrew Chan, seguiu um grupo de 1249 pacientes portadores de cancer colo-retal com diferentes estágios de gravidade. Um subgrupo de 549 pacientes usava aspirina regularmente após o diagnóstico de câncer. Neste sub-grupo foram observados 193 óbitos, 81 deles diretamente ligados ao câncer colo-retal. Inversamente, entre os 731 participantes que não usavam aspirina,registraram-se 287 óbitos(141 deles devidos à patologia de base). Concluiu-se que o uso quotidiano de aspirina , reduziu de 29% a mortalidade causada pelo câncer colo-retal, e de 21% a mortalidade geral. Os resultados deste estudo são parecidos com aqueles publicados pelo Journal of the AmericanMedical Association datado de 12 de agosto.
Numerosos estudos de observação de casos e de estudos duplo cegos já estabeleceram a eficácia da aspirina contra o desenvolvimento de adenomas e pólipos cólicos. Trata-se da inibição das enzimas cicloxigenases 2 (COX2) que se elevam em cerca de 80 a 85% dos canceres coloretais. A Aspirina não deve,entretanto, ser recomendada como meio de prevenção destas patologias devido aos eus efeitos negativos secundários. Ela provoca irritação gastrointestinal e sangramentos digestivos. Contudo, novos ensaios clínicos estão sendo programados com o o objetivo de tornar a aspirina um medicamento anticancer adjuvante efetivo.
A foto à esquerda é de um recipiente de aspirina de 1899. O crédito fotográfico é daAFP.
Jean-Michel Bader- 13/08/2009 Le Figaro.fr oldecir marques em 22/08/09.

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