Os pesquisadores perceberam que a vacina reduz em quase 30% o risco de infecção com o HIV. A pesquisa foi realizada durante sete anos com voluntários de 18 a 30 anos, livres do vírus da Aids, na Tailândia. Metade do grupo, 8197 pessoas, recebeu a vacina, e 8198 receberam um placebo, e todas as pessoas receberam aconselhamento sobre sexo seguro e prevenção da HIV/Aids.
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Os participantes faziam um teste de HIV a cada seis meses, durante três anos. Os resultados finais mostraram que 74 pessoas do grupo de placebo contraíram o vírus, enquanto apenas 51 daqueles que receberam a vacina contraíram o HIV. A vacina é baseada nas variações “B” e “E” do vírus, mais comuns na Tailândia. Na África, local com maior número de casos de HIV positivos no mundo, o tipo mais comum do vírus é o “C”. Atualmente, aproximadamente 33 milhões de pessoas têm o vírus HIV.
Richard Horton, editor da revista científica “Lancet”, afirma que os resultados podem ter ocorrido ao acaso, mas que a boa notícia é a primeira sobre uma vacina para a Aids em mais de uma década. Anthony Fauci, diretor do Instituto de Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, também se mostra animado com a descoberta, mas é cauteloso: “É preciso realizar mais pesquisas para compreender o funcionamento da vacina para reduzir o risco de infecção com o HIV, mas esse é um avanço muito encorajador para as vacinas contra o vírus”, diz Fauci.
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