"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

terça-feira, 26 de outubro de 2010

ENTENDA OS ARGUMENTOS DA SENHORA ROUSSEF

Entenda a diferença entre os tipos de petróleo

Petrobras anunciou descoberta de petróleo leve nesta quinta.
Variedade leve é a mais valorizada entre as petrolíferas.

Ligia GuimarãesDo G1, em São Paulo


Quando vão explorar campos em busca de petróleo, as empresas petrolíferas podem encontrar duas variedades básicas de óleo: o leve ou o pesado.

O petróleo leve, do tipo que nesta quinta (28) a Petrobras anunciou ter descoberto em águas rasas no poço 1-BRSA-607-SPS (1-SPS-56), na parte sul da Bacia de Santos, é o mais cobiçado entre as petrolíferas, segundo o diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, Adriano Pires. “Quanto mais leve, mais caro ele é”, diz.

Isso porque, segundo o especialista, o óleo pode ser utilizado na fabricação de produtos mais nobres, como a nafta empregada no setor petroquímico, gasolina e gás.

O petróleo do tipo mais denso serve para produtos mais baratos, como óleo combustível. Os termos “leve” e “pesado” referem-se à consistência do óleo, que pode ser mais ou menos concentrado.

De acordo com Pires, a maior parte do óleo produzido no Brasil é do tipo pesado, mais denso, cujo refino custa muito mais caro e exige mais tecnologia para as empresas do setor.

“O Brasil, mesmo auto-suficiente, é obrigado a importar o petróleo leve para misturar ao pesado e baratear o refino. Se começarmos a produzir petróleo leve, poderemos parar de importar”, diz.

Qualidade medida

Para identificar a densidade do óleo, o Instituto Americano de Petróleo criou a escala API. Quanto maior o grau de API, melhor a qualidade do petróleo. A descoberta anunciada desta quinta, cujo óleo tem densidade de 36º API, é considerada excelente, segundo Pires.

”Se você pegar um óleo pesado e colocar no refino para produzir petróleo leve, é muito mais caro. Por isso ele é mais valorado”, diz.

Além disso, outro fator que influencia o preço do óleo é a profundidade em que ele é encontrado. Quando se localiza em águas profundas, abaixo da camada de sal, exige tecnologia muito avançada para ser extraído, com equipamentos que poucas petrolíferas no mundo detêm atualmente.

“De águas rasas, como o de hoje, é bem mais barato para extrair”, afirma.

A referência mundial de qualidade do óleo é o tipo Brent, negociado em Londres, e o WTI, negociado em Nova York. Ambos são leves e servem como base para calcular o preço do petróleo de diversas reservas. "Para calcular o preço do petróleo da reserva de Marlim, por exemplo, o cálculo é: 'custa o Brent menos X dólares'", explica Pires


Pré-sal é bilhete premiado, e Petrobras vai cuidar dele

FOTO: Roberto Stuckert Filho

Pré-sal é bilhete premiado, e Petrobras vai cuidar dele

A



















A candidata Dilma Rousseff, defendeu o novo modelo de exploração do petróleo na camada pré-sal, que muda a lógica de exploração dando ao Estado o controle das reservas. Já o candidato tucano preferiu atacar o novo modelo.

“Você ficou caladinho quando tentaram mudar o nome da Petrobras. O senhor não tem coragem de mostrar sua posição. O senhor está no partido errado, porque seu partido vota contra a lei que garante que a Petrobras será a exploradora do pré-sal”, disse Dilma.

Ela informou aos eleitores que, quando o Brasil tinha apenas reservas de petróleo de baixa qualidade, era viável o modelo vigente na época dos tucanos, em que empresas de fora do país assumiam o risco de exploração. No pré-sal, isso muda porque o risco de um dos poços estar vazio é pequeno e quem tem a tecnologia para extrair o petróleo é a Petrobras.

“Nós não éramos um país com petróleo de alta qualidade. Um dia a Petrobras descobriu uma reserva. Quando descobriu que tinha bilhete premiado e não podia passa para empresas estrangeiras mudamos o modelo e dissemos que o petróleo passou a ser do povo brasileiro", explicou.

Segundo ela, "a partir daí nós criamos um plano para que a riqueza do pré-sal sirva para a saúde, a educação, para erradicar a pobreza, investir em ciência e tecnologia, dar acesso a cultura e cuidar do meio ambiente”.

Hoje, mais um aliado de Serra, dessa vez o deputado Luiz Paulo Veloso Lucas (PSDB), disse à Folha de S. Paulo que o governo não estava adotando o modelo correto e que a Petrobras não devia investir em refinarias. Serra preferiu rejeitar o aliado.

DILMANAWEB

Nenhum comentário:

Postar um comentário