"TODA SOCIEDADE SE AFERRA A UM MITO E VIVE POR ÊLE. O NOSSO MITO É O DO CRESCIMENTO ECONÔMICO"- Tim Jackson

sexta-feira, 9 de julho de 2010

CONHEÇA LÍDICE DA MATA




Primeira e única mulher à frente da Prefeitura de Salvador, a economista Lídice da Mata foi eleita em 1992 com o apoio de uma ampla coligação partidária. A sua administração foi marcada por realizações voltadas para o social, apesar do grande cerco de comunicação e econômico que enfrentou, comandado pelo grupo político que governava a Bahia na época.

A sua carreira política teve início no movimento estudantil, como líder, quando ainda cursava economia, na Faculdade de Ciências Econômicas da Ufba. Destemida, teve intensa participação nas lutas populares pela anistia e contra a ditadura e na campanha das diretas já.

Filha da cidade de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, veio para Capital e se engajou na luta do povo que a acolheu, sendo eleita vereadora de Salvador, em 1982, liderando as bancadas do PMDB e do PC do B na Câmara Municipal. Em 1986, elegeu-se pela primeira vez, deputada federal, participando da Assembléia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição do Brasil. Concorreu ao governo da Bahia, em 90, numa chapa feminina e socialista.

Dois anos depois de deixar a Prefeitura de Salvador, recebeu nas urnas o reconhecimento do seu trabalho e foi a candidata a deputada estadual mais votada na Capital, reeleita em 2002, com a terceira colocação. Na Assembléia Legislativa, exerceu por duas vezes o cargo de líder da bancada de oposição - 2000 e 2005.

Em 2004, recebeu o "Troféu Destaque Parlamentar", nesse mesmo ano se candidatou mais uma vez ao cargo de prefeita pela coligação denominada "Salvador, Cidade Mãe, Educação e Trabalho", formada pelo PSB, PMDB, PPS e PCB, obtendo 124.856 votos (10,36%).

Em 2006, com uma expressiva votação, Lídice voltou ao Congresso Nacional, eleita deputada federal pela Bahia, com 188.927 votos, sendo a mais bem votada na capital baiana. Na Câmara, teve destacada atuação na Comissão de Turismo e Desporto, como presidente, apresentando e votando importantes projetos para a fomentação do turismo no estado e no Brasil, a exemplo da Lei Geral do Turismo (LGT).

Lídice, que atualmente preside o PSB da Bahia, foi fundadora do Instituto Pensar (Centro de Estudos e Debates voltados para discussão de temas relevantes para cidade) e consultora do Projeto Axé, programa responsável pela educação e assistência a jovens e adolescentes em situação de risco social. Como prefeita de Salvador, promoveu políticas sociais inovadoras e educativas, por meio de inúmeros projetos, destacando-se a "Fundação Cidade Mãe", premiado nacional e internacionalmente e um dos mais bem sucedidos programas de assistência a crianças e jovens desenvolvidos na Bahia.

Ainda como prefeita promoveu a participação da Prefeitura de Salvador como signatária da carta de fundação do CIDEU - Centro Ibero Americano de Desenvolvimento Estratégico Urbano -, voltado para a prática de novas formas de realização do planejamento urbano das grandes cidades. Mapeou e apoiou os "sítios" históricos e devocionais. Moralizou e profissionalizou o carnaval de Salvador proporcionando um maior desenvolvimento econômico da cidade e do turismo no Estado da Bahia.

A sua gestão na Prefeitura tem sido até hoje motivo de pesquisas e estudos em institutos, universidades e faculdades, sendo tema de teses de mestrado e doutorado.

Da série “PSDB, o Brasil pode menos” – Empregos em São Paulo: Lula 3,5 milhões X FHC 77 mil

Como não conseguirão emplacar um
discurso nacional e defender o governo FHC, o mais provável é que os tucanos busquem confrontar as suas administrações de São Paulo e de Minas Gerais com o governo Lula. Buscarão defender um suposto descolamento do desempenho de seus Estados em relação ao país como um todo. Essa tese do descolamento em termos econômicos, sociais e fiscais é ridícula.

As grandes políticas que impactam o crescimento da economia são federais. Em algumas dessas políticas existe, de fato, a participação dos Estados e Municípios. Mas as políticas são complementares e não concorrentes com a União. Ou seja, se o governo federal praticasse políticas macroeconômicas anticrescimento, as iniciativas dos Estados e Municípios, isoladamente, não conseguiriam reverter a situação.

A sincronia entre o desempenho da União e dos Estados federados na economia é óbvia. Não é preciso ser economista para entender que o crescimento do Produto Interno Bruto – PIB do Brasil nada mais é do que a média do crescimento dos Estados federados. Segundo o IBGE, oito Estados brasileiros concentram quase 80% do PIB nacional – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Santa Catarina e Distrito Federal. Assim, a taxa de crescimento da economia brasileira tende a ser próxima das taxas de crescimento destes Estados mais importantes, que tem peso na formação do PIB, como é caso de São Paulo e de Minas Gerais. Por isso mesmo ou os Estados crescem ou afundam na estagnação junto com o Brasil.

O grande contraste que existe, portanto, não é entre a suposta “eficiência” do governos estaduais tucanos e a “ineficiência” do governo Lula. O contraste, cada vez mais evidente, é o desempenho da economia, das finanças e das políticas sociais nos Estados sob os governos FHC e Lula. Um exemplo inquestionável é São Paulo. Em oito anos de governo FHC, São Paulo gerou apenas 77 mil empregos de carteira assinada. Lula, em sete anos e cinco meses, atingiu a espetacular marca de 3 milhões 504 mil novos empregos de carteira assinada no Estado, uma média anual de 48 vezes mais que no governo FHC. Os dados são do Caged do Ministério do Trabalho. Os dados do período de 1999 a 2010 são do Sítio do Ministério e de 1995 a 1998 foram extraídos do estudo “Comportamento do emprego formal”, de Edelcique Machado Serra.

José Prata Araújo- Economista e autor do livro “O Brasil de Lula e o de FHC”



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